sexta-feira, 16 de julho de 2010

ANTROPOLOGIA: HOMENS E CÃES ATRAVÉS DOS TEMPOS E DA HISTÓRIA POR J BAMBERG

QUEM?
Professor J. Bamberg. Caro amigo antropólogo colaborador deste blog.
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COMENTÁRIO
J. Bamberg é figura ímpar que essa vida me deu meio que sem querer, cabra que escreve com a alma brasileira na ponta da pena - digo - na ponta do teclado e do mouse, sempre que pode estar diante de sua tela internautica computadora digital. E é ali, diante da máquina fala-escreve orweliana, que ele se solta e escreve como ninguém. Aqui, nestes textos, temos uma aula sobre a história domundo e as relações homens/cães, e já que estes gentís animais tem sido foco de nossas elocubrações literárias nesses dias fugidios da pós-modernidade, com vocês o professor J. Bamberg, nosso mais novo colaborador nesse editorial, em bamberguês original.
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EDITORIAL
"Caríssimo Don Alejandro, El Escriba, Um ditado velho,lá dos 60/70, época da 'durêta' no couro de todos nós, diz:'...sofre mais que mulher de comunista e cachorro de índio!...'.Essa fala aponta numa direção curiosa,se,não, bizarra. O nosso 'índio', em geral,até recentemente não queria cachorro beirando seus terrais,nem...A vara 'comia' no couro dos canídeos,via de regra..."-...xê-têt-têêê-ì !!!.....", em ofensa irretratável a expurgá-los do campo de visão de qualquer tupynâmbo,em geral... O que o R.Linton aponta é um traço do 'indio',comanche,sioux,oglala e muitos mais, lá dos EEUU,havendo muitos outros que não os tolerava.Lá e cá, o ocorrido com o cavalo,o boi, e, com o cachorro,em especial, tem diferenças interessantes,pois. Aquí,e,claro,lá, o cachorro veio com o colonizador e em maioria de vêzes,em persiga do nosso 'primeiro-dono-da-terra', o 'negro-da-terra',leia-se,o'indio', que,porisso mesmo o odiava e sequer o caçava para comer...Ódio figadal,já descrito e muito bem, por Bartolomé de las Casas, em obra simple e belíssima!...Depois, com as saudabilíssimas misturanças dos povos de lá com os de cá,e com,principalmente,a meu rude ver,muito mais do que o colono,entradista,bandeirante ou lavrador,à exceção do vaqueiro ou negríndio, a presença do negro-escravizado-e-fugido, já aquilombado nas aldeias mais a dentro e protegido pelo 'indio' e,maioria das vêzes, por lá ficando, casando-se, tornando-se um cunhado,já um familiar,com direito a plantar roças e tanto o mais, o cachorro - trazido pelo colonizador como ferramenta,arma de guerra e depois,também,companheiro dêsses 'outros'-veio junto,para ficar e fazer parte do contexto. Lembremos: presença dos cães nas diversas culturas africanas é bem comum, seja no pastoreio,principalmente, também,na guarda,nas guerras e na caça ou enquanto 'companhia',havendo casos múltiplos de 'entêrros',sepultamentos, onde o cão está ao lado do seu dono/a,todos já mortos,óbvio, 'seguindo juntos a grande viagem'...Entre os egípcios,uma constante para quem os tivesse em zêlo.No nosso caso,não.E,a princípio,isso ocorre depois da apropriação cavalo e do boi,por exemplo.O cavalo enquanto 'ferramenta-de-guerra' e o boi,ainda arisco,perdido,na mata, no mato,aos primeiros tempos, um animal-mítico,maior do que o tapyr, a anta, e com chifres fortes e mortais, que solta urros como um Iyaguá-açú-caang-uçú...Um novo 'ente' na sua imagétika-mítica de curupiyras, caapóras e tanto mais...Êsse, estranho ser, que,só recentemente entra para a dieta da maioria dos Povos Indígenas- especialmente,daquí,Sul da América,no,hoje,Brasil."
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"Lá,ao lado norte da América, só depois da mortandade absurda dos buffalos,pelos colonizadores,cowboys,soldados e outros aventureiros até internacionais, alí,apenas pela simples caçada, e a consequente escassez de carnes e couros,necessários ao enfrentamento dos tempos invernais,por parte dos Povos Indígenas,lá instalados desde quase sempre e então invadidos e perseguidos,terras de cultivos tomadas e sei lá mais o que a lhes conduzir para as 'reservas',os mais verdadeiros campos de concentração a céu aberto e escola maldita para outras experiências semelhantes,já em tempos posteriores,o século,ocidentalmente dito,20 ... - enquanto ítem da alimentação diária, a concorrer ou substituir o peixe e a caça, as frutas e mel,insetos e outros mais.Há linhas etnológicas que pensam a presença dos cães junto aos humanos,até enquanto contributivo,significante, para a instalação dos grandes grupos, famílias e mais a definirem o que ,depois da simples socialização viesse a se transformar e evoluir para a Sociedade atual. O cão ,depois da domesticação,passa a ser ,quase, um 'ente da família', coisa que, de fato, vem a ocorrer na contemporaneidade. O companheiro da caça e da guerra evolúi para o'melhor amigo' que se transforma no 'seu filho' bem como num belo pitéu mercadológico, com gordíssimas fatias de participação no ambiente do grande-consumo.Comida,remédios,brinquedos,roupas e sei lá mais quantos outros tantíssimos ítens à disposição dos bichinhos e dos seus embevecidos donos/as-papais-mamães'.Bela matéria, a vossa, lá no Escriba, que não consigo 'acessar',para postar as minhas bestidades comentárias... Como fazê-lo,pois?!...Escrevo a'palavra-código',do quadradinho,me qualifico,ponho o password, e... Nada...Coisas dessa maquininha infernal!...Grande e confraterno abraço,para vossência e d.Cris,e a mais, em aguardo do amigo Escriba,para uma 'churrascada- sangrenta', de fazer cachorro babar, aquí em BsB, 'terra-que-muito-cachorro-manda-e-manda-muito'...Do seu mano mais rude, e ex-quadrúpede,quase bípede e atual,trípede,"JB
13 de julho de 2010 18:44

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Continua...

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