sábado, 14 de fevereiro de 2009

O EXISTENCIALISMO DE KIERKEGAARD

QUEM?
Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855). Teólogo e filósofo dinamarquês do século XIX, conhecido como "pai do existencialismo".

COMENTÁRIO
A singularidade humana... Era sobre isso que Kierkegaard pensava e escrevia. Seus pensamentos deram origem ao existencialismo, e a uma série de escritos filosóficos preciosos. Escrevia com vigor e intensidade marcantes, e suas obras refletiam as angústias de sua própria vida, além do contexto histórico e religioso da época. Este filósofo dinamarquês, que morreu com apenas quarenta e dois anos, influenciou toda uma geração de pensadores, que valorizaram o indivíduo como ponto de partida para a reflexão, inspirados nele. Leitura de primeira linha.

CITAÇÃO
"Quando estiver familiarizado com tal balbúcio, associar-lhe-ei o erotismo, e ela será o que pretendo, o que desejo. Terei então acabado o meu serviço, a minha tarefa, poderei recolher todas as minhas velas, estarei sentado a seu lado, e é servindo-nos das suas velas que avançaremos". (pag98)

LIVRO: Diário de um Sedutor // AUTOR: Sören Kierkegaard // EDITORA: Martin Claret // 2004

O SAMURAI TSUNETOMO


QUEM?
Yamamoto Tsunetomo (山本常朝), (1659 -1719). Samurai da saga de Domain, na província de Hizen, no Japão. Durante trinta anos Yamamoto devotou sua vida a servir seu clã e seu Senhor, o Lord Nabeshima Mitsushige. Escreveu o clássico Hagakure, relíquia impagável da cultura japonesa e, especialmente, da cultura samurai.

CITAÇÃO
"Coisas como se sentir superior aos outros, desejar o mal e brigar com as pessoas são produto de um coração que não tem compaixão. Se a pessoa levar em conta a compaixão em tudo que faz, não existe a possibilidade de entrar em conflito com os outros". (pag110)

COMENTÁRIO
Yamamoto Tseunotemo foi literalmente o ùltimo Samurai e, nos deu a honra, de conhecer o buchido, o caminho da espada, com seu belíssimo Hagakure - O Livro do Samurai. O cara era a própria encarnação de sua nobre cultura - uma cultura em declínio, diga-se de passagem - e de seu tempo, repleto de códigos de honra e virtude. Eis a palavra: virtude. Estes bravos e hábeis guerreiros não exitavam um só segundo antes de sacrificar suas vidas em nome de seus princípios. Contraste absoluto com o que vivemos nos dias de hoje.
LIVRO:Hagakure // AUTOR: Yamamoto Tsunetomo // EDITORA: Conrad Livros // 2004

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O TAO DE LAO TSÉ


QUEM?
Lao Zi (老子 Lǎozi, também escrito e pronunciado Laozi, Lao Tzu, Lao Tsé, Lao Tzi, Lao Tseu ou Lao Tze, foi um famoso filósofo e alquimista chinês. Escreveu o imortal Tao te King, livro do caminho perfeito, ou livro do sentido e da vida. Mestre no caminho da iluminação nas tradições zen budistas.

CITAÇÃO
"A suprema perfeição parece imperfeita
Mas seu uso jamais resulta em dano
A suprema abundância parece austeridade
Mas seu uso resulta inesgotável
A suprema retidão parece tortuosa
A suprema habilidade parece canhestra
A suprema eloqüência parace tartamudear
O movimento vence o frio
A quietude vence o calor
A pureza e a calma são as regras do universo
(pag109)

COMENTÁRIO
Ler um autor como Lao Tsé é embarcar em uma viagem no tempo com destino ao ano de 531 antes de Cristo, quando o mestre se retirava para os confins da China e, ao cruzar uma fronteira, o guarda desta pediu-lhe que deixace algo por escrito. Foi então, com sua pena firme, e sua mente iluminada, que ele escreveu seus fabulosos cinco mil edeogramas ou cinco mil palavras: O Tao te King, livro do caminho perfeito, ou livro do sentido e da vida. Uma jóia da literatura e da tradição zen chinesa antiga. Indicação especial deste Escriba.

LIVRO: Tao te King // AUTOR: Lao Tsé // EDITORA: Hemus // São Paulo // 5a edição

A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS POR ROSSEAU

QUEM?
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Célebre filósofo suíço, escritor e teórico político. Foi Uma das figuras marcantes do iluminismo francês, e é considerado um precursor do romamantismo.

COMENTÁRIO
Eis aqui um um nobre integrante da extinta estirpe de brilhantes escritores filósofos. Sem nenhum exagero, Rosseau foi uma figura importante e controversa, devido a suas idéias humanistas e sua ferrenha crítica aos imbecís e ignóbios poderosos da vez. Pagou caro por isso, e foi criticado e perseguido por seus inimigos, na maioria das vezes, por coisas banais, bobagens - por inveja talvez, de seus sábios escritos - e sempre por gente menos culta e esclarecida do que ele. Afinal, estamos falando de Jean-Jacqueus, um dos maiores iluministas da história da humanidade. Grande, por sua genialidade, inteligência, e por sua habilidade com a pena em punho. Leitura obrigatória para quem gosta desta época, e de suas brilhantes luzes resplandecentes, que nos iluminam até hoje, desde lá. Revolta elegante e sábia, eloquente e mordaz, transcrita em prosa fina, e escrita à moda antiga; numa só palavra: Rosseau. Da redação.

CITAÇÃO
"Tal foi ou deve ter sido a origem da sociedade e das leis, que criaram novos entraves para o fraco e novas forças para o rico, destruíram em definitivo a liberdade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, de uma hábil usurpação fizeram um direito irrevogável e, para o lucro de alguns ambiciosos, sujeitaram daí para frente todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria". (pag222)

LIVRO: Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desiguldade entre os Homens // AUTOR: J.J. Rosseau // EDITORA: Livraria Martins Fontes // São Paulo // 2005

BECCARIA E OS MIRANDA CONTRA A TORTURA

QUEM?
Cesare Bonesana, marquês de Beccaria, vulgo Cesare Beccaria (1738-1794) - jurista, filósofo, economista e escritor italiano.
CAUSO
Meu avô, o Dr. Francisco Rodrigues de Miranda, era promotor da Justiça Militar. Nunca deu um parecer favorável aos poderosos fardados da vez, sem antes ler minuciosamente o processo e, especialmente, achar razões na lei vigente para tanto. Por éstas e outras, foi caçado pela famigerada ditadura militar. Uma vergonha! Logo um homem seríssimo como o meu avô... Humano e justo. Antes disso, saiu muitas vezes no meio da noite para ir à delegacias soltar presos injustamente que estavam sendo torturados. Naquele tempo, usavam-se técnicas sutís como choque no escroto, saquinho preto na cabeça e borduada, luz na cara, pau-de-arára e outras gentilezas típicas deste tipo de gente insana e desmiolada. Foi bem naquela época em que as pessoas costumavam desaparecer, muitos para nunca mais voltar. Com a anistia, ele, meu avô, voltou à ativa, mas já estava velho demais para a luta do magistério diário e das leis dos homens. Tinha, dentre outras coisas, problemas no coração. Seu irmão, o Dr. Theodolo Rodrigues de Miranda, juiz Militar, ficou famoso por ter dado corajosamente a primeira canetada da anistia, mandando soltar neste ato histórico - um dia antes de publicarem no Diário Oficial - o Arraes e mais uma turma que estava atrás das grades sabe-se lá por que. Aquela tragédia que foi o golpe militar. Forão estas pessoas, estes homens, os Miranda e muitas outros, que mesmo em meio ao caos, conseguiram lutar por justiça, liberdade e respeito aos direitos humanos universais, mantendo assim um mínimo de dignidade para nação brasileira assustada, consternada e assolada pela tirania.
Nesta citação escolhida especialmente, o brilhante jurista, filósofo e humanista italiano Cesare Baccaria, fala com precisão cirúrgica sobre as ignomínias cruéis, e, principalmente, ineficientes da tortura.
CITAÇÃO
"Faz-se o interrogatório de um réu para conhecer a verdade: porém, se esta verdade dificilmente se descobre no ar, no gesto, na fisionomia de um homem tranqüilo, muito menos se descobrirá num homem em quem as convulsões da dor alteram o sinais do rosto da maior parte dos homens, e, às vezes, a seu prazer, revelam a verdade. Toda ação violenta confunde a faz desaparecer as mínimas diferenças dos objetos, pelas quais, às vezes, se destingue o verdadeiro do falso". (pag48)
LIVRO: Dos Delitos e das Penas // AUTOR: Cesare Beccaria // EDITORA: CD // 2002/2004

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A SABEDORIA SECULAR DE CESARE BECCARIA

QUEM?
Cesare Bonesana, marquês de Beccaria, vulgo Cesare Beccaria (1738-1794) - jurista, filósofo, economista e escritor italiano.

CITAÇÃO
"Quem pode suspeitar em outro um delator, vê um inimigo nele. Então, os homens se acostumam a mascarar os próprios sentimentos, com o uso de ocultá-los a outros, chegam finalmente a escondê-lo de si mesmo". (pag39)

COMENTÁRIO
Quem é inocente? Quem é culpado? A quem compete julgar? Sob que parâmetros?
Era sobre isso que o italiano Cesare Beccaria se debruçava. Humanista inteiro, foi capaz de penetrar na alma e nos costumes de seu povo (Europa), e compor uma obra importante como o é Dos Delitos e das Penas, especialmente, em uma época complicada, marcada por tiranos, fogueioras, guilhotinas, decaptações, banhos de sangue e outras bárbaries cotidianas que, recaiam sobre a pele dos culpados ou não. Muitas vezes, antes de Beccaria, dos não. Inocentes... Muitos inocentes morreram sob a fúria da paixão, da ganância, e dos desejos sórdidos dos homens menores, sem nenhum direito à defesa. Justiça tirana e bárbara. Deuses de todas as cores, raças e idades foram evocados em nome da guerra, da peleja, das contendas e do massácre; do genocídeo por interesse, lucro e poder. Muitas mortes desnescessárias... Mortes injustas... Sumárias.
Beccaria, este douto senhor letrado, revolucionou o direito penal universal. Sua sabedoria secular compõe o alicerce do direito penal contemporâneo. Um grande autor imortal. Simplesmente: Um espetáculo! Da redação.
LIVRO: Dos Delitos e das Penas // AUTOR: Cesare Beccaria // EDITORA: CD // 2002/2004

OS MARES LATINOS DE DAUDET


QUEM?
Alfhonse Daudet (1840-1897). Escritor e romancista francês conhecido por seu estilo elegante que unia realismo e poesia.

COMENTÁRIO
Afhonse Daudet escrevia com leveza. Tratava das coisas com singularidade. No campanário das letras imortais agrupadas e impressas em páginas, soavam os elegantes sinos das idéias e criações deste autor francês que adorava o ócio, fosse ele criativo ou não. Nesta citação escolhida, ao falar de seu personagem no magnífico conto Turco da Comuna, ele nos dá uma descrição interessantíssima da composição do verbo e das línguas faladas nos confins do Mundo.
Bárbaro!

CITAÇÃO
"Triste e paciente, como um cão enfermo, o turco olhava em torno de si com um grande olhar doce. Quando lhe falavam, sorria e mostrava os dentes. Era tudo que podia fazer; pois nossa língua lhe era desconhecida, e ele mal falava o Sabir, esse patoá argelino, composto de provençal, de italiano, de árabe, feito de palavras amalgamadas, reunidas como montões de conchas, ao longo dos mares latinos." (pág165)

LIVRO: Histórias de Alfhonse Daudet // EDITORA: Cultrix // São Paulo // MCMLXIV

DAUDET PARA THALES


QUEM?
Alfhonse Daudet (1840-1897) Escritor e romancista francês conhecido por seu estilo elegante que unia realismo e poesia.
COMENTÁRIO
Escrever pode ser um martírio. Não para Alfhonse Daudet. Mesmo quando escrevia sobre escrever, era preciso e claro; escrevia com alma. A citação escolhida retrata o drama de quem escreve, a paixão pelas letras, e mostra que o caminho do escritor muitas vezes acontece na prática do escrever e, especialmente, do publicar. Um abraço do Escriba!
CITAÇÃO
"Mesmo em plena vida, há, com efeito, para o escritor uma felicidade da qual ele nunca se cansa. Abrir o primeiro exemplar de sua obra, vê-la fixada, como que em relêvo, e não mais nessa grande ebolição do cérebro onde ela está sempre um pouco confusa." (pág188)
LIVRO: Histórias de Alfhonse Daudet // EDITORA: Cultrix // São Paulo // MCMLXIV

A PARIS DE DAUDET


QUEM?
Alfhonse Daudet (1840-1897) Escritor e romancista francês conhecido por seu estilo elegante que unia realismo e poesia.
COMENTÁRIO
Escrever, em última análise, é juntar letras, formar sentenças, compor um raciocínio, transmitir uma idéia ou conceito, criticar algo etc. Simples? Sim, mas ainda assim, lê-se muita porcaria por aí. Especialmente na era da televisão digital, das mídias eletrônicas, da internet; com suas inesgotáveis superficialidades banais. Lê-se frases, anúncios, notícias, placas; quando muito. Muitos nem ler sabem. É o retrato do Brasil desigual. Neste contexto, veloz e pouco profundo, ler Alfhonse Daudet, é um descanço para a mente intelectual que vive os dias pelos caminhos do Mundo e suas infinitas contingências. O homem era sensível e escrevia como um animal selvagem e pleno bote, pronto para capturar a realidade à sua volta, e transpô-la fluidamente para o papél com sua ágil e talentosa pena de escritor. Isso tudo, sem perder a candura e a simplicidade.
Nesta citação, vemos Daudet atingido literalmente pelo mundo que o cerca da Paris de sua época, já agitada demais aos olhos deste. É a pura genialidade deste autor francês, selecionada e transcrita tim-tim por tim-tim por este humilde editor Escriba. Puro deleite! Da redação.
CITAÇÃO
"É que nessa grande Paris, onde a multidão se sente inobservada e livre, não se pode dar um passo, sem se tocar rudemente em alguma aflição avassaladora, que vos salpica e vos deixa a marca ao passar. Não falo somente dos infortúnios que se conhecem, pelos quais nos interessamos, desses desgostos de amigo, que são um pouco os nossos e cujo encontro súbito vos aperta o coração como um remorso; nem mesmo desses desgostos de indiferentes, que não se ouvem senão por alto e que não obstante vos comovem. Falo dessas dores completamente estranhas, entrevistas de passagem, num minuto, na atividade da pressa e na confusão da rua.
São farrapos de diálogos sacudidos ao movimento das viaturas, preocupações surdas e cegas que falam sozinhas e muito alto, espáduas lassas, gestos loucos, olhos de febre, rostos intumecidos pelas lágrimas, lutos recentes mal enxutos nos véus negros. Depois pormenores furtivos, tão ligeiros! Uma gola de jaqueta amarrotada, puída pelo uso, que procura a sombra, um realejo sem voz girando em vão, sob um pórtico, uma fita de veludo no pescoço de um corcunda, cruelmente amarrada bem direito entre os ombros disformes... Todas essas visões de desgraças desconhecidas passam depressa e vós as esqueceis caminhando, mas sentiste o leve roçar de sua tristeza, vossas vestes ficavam empregnadas de desgosto que elas arrasatam após si, e, no fim do dia, sentis agitar-se tudo o que em vós ficou de terno e doloroso, porque, sem que vos apercebais, agarrastes na esquina de uma rua, na soleira de uma porta, esse fio invisível que liga todos os infortúnios e os agita, na mesma sacudidela." (pág178)
LIVRO: Histórias de Alfhonse Daudet // EDITORA: Cultrix // São Paulo // MCMLXIV

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A JUSTA REVOLUÇÃO PENAL DE BECCARIA

QUEM?
Cesare Bonesana, marquês de Beccaria, vulgo Cesare Beccaria (1738-1794) - jurista, filósofo, economista e escritor italiano.

CITAÇÃO
"Não é somente de interesse comum que não se cometam crimes, mas que sejam mais raros na proporção do mal que fazem à sociedade. Assim, os obstáculos que separam os homens dos crimes, devem ser mais fortes quando os crimes se mostram mais prejudiciais para o bem público e na proporção dos estímulos que, para eles, impelem os homens. Deve existir, por isso, uma proporção entre os crimes e as penas. Se o prazer e a dor são as molas dos seres sensíveis, se entre os motivos que levam os homens até as mais sublimes realizações, foram destinados a recompensa e a pena pelo invisível Legislador, resultará de sua errônea distribuição aquela contradição, menos observada, embora mais comum, que as penas castigam os crimes que elas fizeram nascer. Se uma mesma pena se destina a dois crimes que ofendem desigualmente a sociedade, os homens não encontrarão um obstáculo mais sério para a prática do crime mais grave, se a esse procedimento, tiverem unido uma vantagem maior. Quem ver imposta a pena de morte, por exemplo, a quem mate um faisão e a um assassino de um homem ou a um falsificador de documento importante, não fará qualquer distinção entre estes crimes; destruir-se-ão, deste modo, os sentimentos morais, obra de muitos séculos e de muito sangue, morosos e difíceis de serem produzidos no espírito humano, para cujo aparecimento se acreditou necessário o auxílio dos mais sublimes motivos, e um tanto revestido de aparatosas formalidades graves." (pág. 87)

COMENTÁRIO
Cesare Beccaria foi um cara importantíssimo. Deste tipo de pessoa que tinha que ter nascido para poder fazer o que fez em vida, levando a cabo uma missão tão importante que mudou a face do Mundo na sua época. Era um brilhante jurista humanista. Sua genial e compacta obra Dos Delitos e das Penas, escrito em forma de Ensaio, sensibilizou o coração dos homens poderosos da vez que, através dela, foram capazes de perceber a brutalidade bárbara da aplicação das leis e dos costumes penais, revisando-os conceitualmente. Dentre outras vitórias épicas, Beccaria foi capaz de influenciar os espíritos esclarecidos de seus mais ilustres contemporâneos, extinguindo, por exemplo, práticas cruéis e abomináveis como a aplicação da pena de morte para delitos menores, torturas etc. Assim, seus escritos mereceram quase que imediata acolhida em muitos países, como França, Alemanha e Áustria, e na própria Itália, terra natal do autor, impactando beneficamente os direitos humanos. Indubitavelmente, Beccaria foi um revolucionário. Com este pequeno livro de importante conteúdo humanista, o autor mostra a sutileza que existe em julgar situações singulares, e guia o jurista, para que este cometa o menor número possível de injustiças em sua busca pela aplicação das leis. Simplesmente sensacional! Boa leitura até para quem não se interessa muito por Direito. Imperdível.
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LIVRO: Dos Delitos e das Penas // AUTOR: Cesare Beccaria // EDITORA: CD // 2002/2004