sábado, 7 de março de 2009

O MARINHEIRO BILLY BUDD DE MELVILLE

QUEM?
Herman Melville (1819-1891). Notório escritor norte-americano que, entre outras coisas, marinheiro que era, escreveu sobre as aventuras dos mares do mundo com grande talento. Autor da imortal Moby Dick, a lendária baleia branca, dentre outras belíssimas estórias do mar.

COMENTÁRIO
O mar sempre foi inspirador de estórias interessantes e belas. O ambiente, sua força indelével, inquestionável em sua onipresença, quase sempre, impulsiona personagens e acontecimentos, em sua majestosidade pungente, fúria e poder. Navegar por aí a bordo de embarcações marítimas de qualquer natureza ou espécie, é lançar-se numa aventura sempre emocionante com futuro, por assim dizer, incerto. Sim, porque sobre suas belas e generosas águas, surgem novas e diferentes contingências, cuja complexidade e esforço físico requerido, torna os homens gastos e calejados de sol e de sal. Um marinheiro sabe que, ao partir, pode não retornar, e isso, talvez isso, seja justamente o que exserce pressão sobre seus espíritos, curtindo-os, tornando-os destemidos e resistentes, rudes e ternos; plenos em suas insignificâncias fortes e tranqüilas.
Dentro deste contexto específico, em estando embarcado - que é o termo usado para definir quem faz parte de uma tripulação marítima - significa estar-se sujeito a um complexo código de conduta e de honra, que regi de maneira extremamente intensa a vida, a morte, o futuro e o destino, da tripulação e da própria embarcação.
Neste ambiente, surge Billy Budd, o belo marinheiro de Melville, que torna-se involuntariamente o pivo de um acontecimento seríssimo a bordo, um motim, cujo desenrolar instigante e tenso, precipita um final trágico e inesperado para a belissíma estória deste talentoso marinheiro e escritor norte-americano. Leitura fina e envolvente, em clima marítimo de aventura, escrito com perícia narrativa impressionante. Da Redação.

CITAÇÃO
"Quem é capaz de, no arco-íris, traçar a linha onde termina o violeta e começa o cor-de-laranja? Somos capazes de enxergar distintamente a diferença das cores, mas onde exatamente uma começa a se misturar a outra? O mesmo ocorre com a sanidade e a insanidade." (pág94)

LIVRO: Billy Budd, marinheiro // AUTOR: Heman Melville // EDITORA: L&PM // Rio Grande do Sul // 2005

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